quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A décima tertúlia “Pensar Educação” terá a presença de Arsélio Martins, ex-professor de matemática do ensino básico e secundário, aposentado; estudante de geometria básica dinâmica. A Iniciativa está agendada para quarta-feira, 14 de dezembro, a partir das 19h30, na Escola Secundária José Estêvão, em Aveiro.

O Programa e a informação sobre esta tertúlia é o que se descreve em seguida.


Programa da Tertúlia: 14 de dezembro de 2016

19h30 | Início do Jantar: Escola Secundária José Estevão

20h45 | Intervenção Convidada:
"Talvez a escola caminhe para fazer da sua primeira experiência a última...”.



21h15 | Questões
Intervenções dos participantes, por inscrição prévia

22h50 | Encerramento pelos Organizadores.


A ementa no valor de 13,5 € terá entrada, arroz de pato, leite creme e vinho ou água.

Temos um número limitado de lugares pelo que apelamos que faça a sua reserva atempada. O envio da inscrição e do comprovativo do respetivo pagamento deve ser feito por e-mail para: rneves@ua.pt até dia 12 de dezembro.

Dados para a transferência: NIB 0018 0001 0020 1982 0531 8 do Banco Santander.
O IBAN é: PT50 0018 0001 0020 1982 0531 8 .

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Síntese da 9ª Tertúlia

A 9ª tertúlia “Pensar Educação” teve a presença da Professora Emérita Luiza Cortesão da Universidade do Porto bem como de cerca de mais de 30 participantes. A Iniciativa aconteceu no dia 28 de abril com o título: “Decisões Educativas: avanços e recuos ao longo do tempo".
Com o apoio de uma apresentação projetada a tertúlia começou começou com a visualização de algumas imagens (fotos e frases) da educação “republicana” em Portugal e particularmente no “estado novo”. 
Destacou, neste contexto, “algumas medidas elucidativas deste período como:

  • 1928 - Extinção das Faculdades de Letras do Porto, de Direito de Lisboa, Farmácia de Coimbra
  • 1931 - Criação dos “postos de ensino”
  • 1936-37 - Encerramento das escolas do magistério primário.
Esta ilustração é depois contrastada com a educação que resultou do 25 de abril de 1974. Apresenta exemplos de medidas com que se procurou “estancar a sede” na educação, de que são exemplo:
§  Os quatro primeiros anos por fases (1974-75)
§  Mudança de escala de classificação de 0 a 20 para 1 a 5 no ensino básico
§  Um tronco comum até ao 9º ano (1975)
§  Recomendação da prática de avaliação formativa
§  Inclusão da área de projecto nos currículos
Neste período centrou-se, depois nos “recuos e a pretexto da crise… (com o anterior governo)” que ilustrou com medidas, das quais se destacam a título ilustrativo:
§  Número máximo de alunos (5º-7ºano) de 28 passa a ser 30 (2013)
§  Número mínimo de alunos (5º- 7ºano) de 24 passa a ser 22 (2013)
§  Extinção da área de Projeto no 12º ano (2011)
§  Estudo acompanhado só para alguns alunos (2012)
§  Criação de “mega-agrupamentos” (2012).
Estes enquadram-se na “Lógica TINA” (There Is No Alternative) orientadora de opções educativas como as anteriores, visando “eficiência”, “competitividade” e a “eficácia”. Toda esta lógica tem acontecido em um contexto de “Heterogeneização da população escolar” caraterizada pelo/a:
       prolongamento da escolaridade obrigatória
       imigração com origem nas ex-colónias
       imigração sobretudo com origem no Brasil e nos países de Leste da Europa
      
Aponta depois “Estratégias para lidar com a heterogeneidade”:
§  Diminuindo-a ou anulando-a
        Organizar turmas homogéneas
        Gestão homogeneizante da sala de aula (sanções, expulsões, exclusões)
§   Gerindo-a até rentabilizando-a
        reconhecimento da incompletude
        questionando etnocentrismo
Neste quadro, Luiza Cortesão terminou esta sua intervenção com um conjunto de questões que animaram o debate que se seguiu como:
·      Que aprendizagens podem acontecer, embora não estejam explicitadas no currículo?
·      Como realizar a gestão da heterogeneidade na escola e na sala de aula – um problema?

·      “Alunos cidadãos? Ou cidadãos a haver?”